Sou como o poeta que ao ouvir o vento
sente que valeu a pena ter nascido;
nisso, ele certamente deu a Deus sua gratidão,
por estar vivo, mesmo talvez, sendo incrédulo.
Há ventos e ventos!
Vento que assopra no rosto,
há que ser brisa fresca que acaricia
trazendo com ele o toque suave na pele,
refrescando a alma numa quentura de verão
Como não gostar?
É vento que passa é doce alento de vida!
Há ventos e ventos!
Vento que assobia na janela,
quando inverno, vê-se neve, sente-se
sensação de aconchego
de lareira crepitando,
uma xícara de chá quentinho,
Um chamego no gatinho
Doce aconchego!
Às vezes ouço passar o vento
trazendo os sinos que badalam
anunciando as horas, lá na matriz.
É vento que passa é doce alento de vida!
"Reverência pela vida é a forma mais alta de oração"
(Rubem Alves)